Olá pessoal, estou escrevendo para compartilhar um site que oferece uma série de fontes grátis com licensa para fins comerciais.
É o Font Squirrel (http://www.fontsquirrel.com/)
Além de uma diversidade de fontes para impressos, também há fontes para a Web com pacotes que podem ser instalados nos servidores para habilitar em HTML5 e CSS3 (já disponível para a maioria dos browsers).
Só tomem muito cuidado na hora da seleção. Agora que todos conhecem mais sobre tipografia, atentem para as qualidades e defeitos das fontes. Especialmente no que diz respeito ao ajuste do kerning, há várias fontes problemáticas.
[Clique nas imagens para ver e testar as respectivas fontes]
a palavra “Watson” e “Typography” são ótimas para avaliar o ajuste de kerning
Aliás, avaliem também o propósito para que vão utilizar, pois muitas vezes elas aparecem boas em tamanhos grandes, mas quando testamos em tamanhos pequenos a leitura não fica tão boa.
Para quem teve dúvidas sobre a nomenclatura, mais uma tabela para complementar as partes do tipo.
Esse gráfico foi extraído do livro Projeto Tipográfico: análise e produção de fontes digitais, de Claudio Rocha (2ed. Rosari, 2003).
Para quem vai trabalhar com textos, é preciso saber e avaliar as diferentes qualidades tipográficas e verificar se possuem tanto legibilidade quanto leiturabilidade. Mas qual a diferença?
“Legibility” is based on the ease with which one letter can be told from the other. “Readability” is the ease with which the eye can absorb the message and move along the line.”
—Types of Typefaces (1967) p. 84-5.
Legibilidade [legibility]: diz respeito à facilidade com que uma letra pode ser distinguida de outra. Leiturabilidade [readability]: diz respeito à facilidade com que o olho absorve a mensagem e se move ao longo da linha.
Ou ainda:
[Readability] describes the quality of visual comfort—an important requirement in the comprehension of long stretches of text, but, paradoxically, not so important in such things as telephone directories or air-line timetables, where the reader … is searching for a single item of information [and where legibility is most important].
—Letters of Credit (1986), p. 31.
Leiturabilidade: descreve a qualidade de conforto visual – um requisito importante para a compreensão de longas porções de texto, mas paradoxalmente, não tão importante em coisas tais como listas telefônicas ou tabelas de vôo, em que o leitor… procura por um único item de informação [onde a legibilidade é mais importante].
Resumindo, legibilidade diz respeito à capacidade de reconhecer as letras, enquanto a leiturabilidade diz respeito à capacidade de se ler as palavras e diversas linhas do texto.
O exemplo abaixo apresenta um caso de letras legíveis (reconhecemos facilmente os caracteres) mas eles não combinam muito bem, o que dificulta a leitura (pouca leiturabilidade).
Isso significa que uma letra pode ser individualmente legível, mas devemos também nos preocupar com a combinação e o efeito do conjunto. Mal espaçamento, variação de larguras dos tipos e a ausência de kerning também dificultam bastante a facilidade leitura, pois causam problemas de ritmo.
Acima vemos como o espaçamento variado dificulta a leitura da frase, comparada à linha de baixo onde o espaçamento está melhor distribuído.
Espero que tenham compreendido. Alguma dúvida? Comente abaixo!
Reproduzindo publicamente a mensagem do colega Rafael para que a dúvida e o esclarecimento sejam compartilhados:
Professor,
Me perdoe a afirmação, mas eu ainda não consegui entender o que o senhor quer que façamos.
Depois das explicações, ao meu ver confusas, em sala, você posta isso, mais detalhado, porém ainda não consegui entender direito o que quer. Os rascunhos serão feitos para que? isso dos rascunhos , 3 para cada estudo, vai refletir em que nas folha final? como são feitos esses estudos? quer que rabiscamos uma folha com traços, outra com cores, e outra com sei la mais o que? eu nao entendi como FAZER esses estudos. isso está me deixando frustrado, porque isso lhe pareçe tão simples e também para outros alunos, mas para mim pareçe um pesadelo. Sério, não estou entendendo como se faz esses rascunhos de estudos que vc quer. se quer que façamos tinta em folha manteiga, traços em uma A4 normal, colorir uma folha A4, e por ai vai. não sei COMO seriam esses rascunhos e estudos. A folha A2 eu entendi. Por favor me ajuda porque eu estou tentando entender isso até agora e não esta funcionando. Meu email é …. me mande uma resposta por favor, ou algum exemplo DO QUE É um estudo de layout nessas folhas menores.
Desesperadamente, Obrigado.
Caro Rafael,
não precisa se desesperar! O estudo se trata de um esboço, rascunho, raff (como quiser chamar). São rabiscos mesmo, Rafael, isso vai servir para que você possa experimentar antes de fazer sua arte-final (por isso se chama assim). Ele consiste na etapa preliminar, de experimentação. Pode ser rabiscado, pintado, recortado. Da maneira que for. O importante é que se possa ter uma ideia geral de como o trabalho finalizado vai parecer.
Oras, você nunca fez um rascunho na vida? Porque o espanto? Só porque eu pedi que me entregue também os rascunhos? É isso mesmo, quero ver o pensamento visual de vocês!
Vou ilustrar com um exemplo, talvez facilite:
Nos cartazes para o XX Encontro de Corais da PUC-Rio eu e meu parceiro Romulo Matteoni fizemos uma série de estudos de possibilidades de diagramação do cartaz. Entre elas algumas estão abaixo:
A partir dos estudos, definimos que iríamos destacar o número romano XX para enfatizar que seria o 20º Encontro de Corais (e não o 19º ou 21º). A partir daí definimos qual layout gostaríamos de seguir. Depois disso partimos para o layout no computador e geramos nossa arte-final.
Porém, antes da produção achamos interessante criar quatro variações de cores, uma para cada voz do coral (a saber: baixo, tenor, contralto e soprano). Por isso, quando produzimos em Silk-screen, era só trocar a cor que ia por cima. Abaixo duas variações além do azul:
Olhando para o exemplo, acho que fica claro a trajetória dos estudos para a arte-final. Se houver ainda alguma dúvida, por favor não se acanhe e manifeste-se.
Essa postagem pode auxiliar a compreender o Exercício 02 e seus propósitos. Boa leitura!
O design não diz respeito apenas à execução de um objeto bonito, bem feito e com um bom acabamento. Muitas vezes o produto desenvolvido não será construído pelo próprio designer: um site será programado e montado por um programador, uma coleção de moda será montada e costurada por costureiras profissionais, um livro será impresso e montado em uma gráfica e um móvel construído e montado por uma indústria ou carpinteiro.
O desenho industrial surgiu exatamente como uma maneira de se planejar a maneira como os funcionários na indústria iriam construir determinado produto. Portanto, também faz parte do trabalho de design, estudar, detalhar e especificar as propriedades de um determinado produto ou serviço para que ele possa ser realizado por terceiros. Esta é uma habilidade fundamental para os designers.
Para se chegar em um resultado é necessário planejamento, organização e muito estudo. A inspiração faz parte, mas não podemos contar apenas com ela. Por esse motivo, não se chega à uma arte-final sem antes se estudar suas possibilidades.
Os rascunhos, os layouts, modelos, protótipos, maquetes existem por esse motivo: expor ideias e testá-las antes de sua produção.
Mesmo a marca das olimpíadas, feita pelo escritório Tátil Design, nasceu de conversas, reuniões e rabiscos e, certamente, passou por diversas possibilidades antes de virar aquilo que conhecemos.
Notem como os primeiros estudos estão bem simples e rabiscados e depois a arte vai se aprimorando até chegar à versão final.
conforme comentários na última aula, surgiu a discussão sobre o PDF. O Portable Document File ou simplesmente PDF é um formato desenvolvido pela Adobe para o compartilhamento de arquivos de maneira a garantir a visualização e proteger os documentos de uma edição, acidental ou não.
Quando compartilhamos um documento no Word, por exemplo, corremos uma série de riscos tais como:
incompatibilidade da versão do programa
falta e substituição das fontes utilizadas
modificações acidentais na aparência da página
ausência do Word para leitura do documento
Para evitar que isso ocorra e para proteger o documento de uma edição, podemos convertê-lo para o formato PDF. Para abrir um PDF basta possuir algum programa que o abra, como o Adobe Reader (que é gratuito), ou mesmo plugins para os browsers de internet (IExplorer, Firefox, Chrome, Safari, Opera etc).
Entre as diferentes possibilidades do formato PDF estão as capacidades de:
embutir as fontes utilizadas
incluir links para a web
garantir a visualização sem comprometer o layout
proteger o documento da edição
garantir a visualização em múltiplas plataformas (Linux, Windows, Mac)
Mas como converter um documento para PDF?
Na plataforma Mac, o PDF é um formato nativo e o próprio e é relativamente fácil por ser uma opção padrão do sistema OSX. Se for um arquivo de algum programa da Adobe, também é uma opção padrão para se salvar como ou exportar. Agora se for em outros programas na plataforma Windows, como o Office, pode dar um pouco mais de trabalho, dependendo da versão.
Hermann Zapf (1918 – ), designer de tipos e calígrafo alemão, é bastante conhecido por desenvolver diversas famílias tipográficas, como também por seu domínio sobre a arte da caligrafia.
Vejam abaixo um vídeo (em inglês) mostrando Zapf trabalhando.
Muita gente ainda vai passar por essa dúvida na hora que se deparar com alguma dessas famílias. Vi no blog Sobredesign a postagem de um gráfico que ajuda a diferenciar.
Então você está fazendo um trabalho e achou uma família tipográfica superbacana em uma revista, mas não sabe o nome! O que fazer para identificar uma fonte?
Hoje a internet te ajuda, sem precisar procurar manualmente em catálogos impressos ou nas fontes de seu computador.
Aqui abaixo, dois sites que auxiliam a identificar visualmente a fonte você procura.
Caros alunos, venho neste post esclarecer a dúvida que surgiu durante a aula de tipografia, quando falamos de anatomia da fonte.
Durante a discussão sobre a nomenclatura das partes dos tipos, fiquei em dúvida se, no caso da letra “y” minúscula se tratava de uma cauda, uma descendente ou um gancho.
Para tirar a dúvida, consultei o glossário do site de fontes www.fontshop.com.
Lá encontramos a explicação do que é uma cauda é normalmente uma descendente, normalmente o traçado decorativo do “Q”, normalmente o traçado diagonal curvado do “K” ou “R”.
Tail
In typography, the descending, often decorative stroke on the letter ‘Q’ or the descending, often curved diagonal stroke on ‘K’ or ‘R’ is the tail.
Portanto, segundo esses princípios e segundo o próprio site, a letra “y” minúscula pode possuir sim uma cauda!
Como são feitos os livros foi o tema do programa “Entrelinhas” da TV Cultura.
Além do processo tipográfico de composição mecânica que vimos no post anterior, também veremos aqui a composição manual, o offset e a impressão digital.
Vale prestar atenção na explicação sobre o processo de refile (corte) dos cadernos do livro. Quando sai da impressão, o livro está impresso em uma grande folha que é dobrada várias vezes formando um caderno. Depois, os diferentes cadernos são organizados num processo chamado alceamento. Em seguida são costurados ou colados para depois serem cortados, permitindo que as páginas se soltem.
Oi pessoal, abaixo um documentário (em inglês) da enciclopédia britânica sobre como eram produzidos os livros pelo processo tipográfico.
Notem que o processo de composição tipográfica era mecânico e não manual, feito por meio de um linotipo (linha a linha).
Depois de gerada as linhas de texto e compostas as páginas, a matriz de tipos em chumbo servia para gerar uma placa de cobre, que era mais resistente e suportava mais impressões.
É interessante notar que todo o processo era mecanizado, pois provavelmente tratava-se de altas tiragens. No caso de baixas tiragens era mais comum a composição manual, e muitas etapas feitas a mão, como o corte e a encadernação. Ao final, as capas tinham seus títulos impressos em hot-stamping, processo tipográfico que permite imprimir letras metalizadas (douradas ou prateadas) muito comum em convite de casamentos.
Coloco aqui um vídeo para relembrar um assunto que foi comentado na aula.
As tipografias góticas (também conhecidas por blackletter), antes de serem transpostas para a tecnologia tipográfica, eram feitas à mão. Seu desenho era fruto do tipo de instrumento que utilizavam: a pena.
No vídeo abaixo vemos canetas chanfradas (e não penas), mas que servem para termos uma noção de como eram desenhadas essas letras.
Alo pessoal, conforme o prometido posto aqui o link para documentário que comentei chamado Helvetica. Quem está em dúvida sobre descrição formal de uma família pode ver o que as pessoas falam sobre o desenho da Helvetica.
O documentário está em inglês com legendas em espanhol. Quem garimpar na web consegue achar legendas em português. Se alguém achar, avise e compartilhe o link.
Cara(o) aluna (o), se você chegou até aqui e consultou os conteúdos, lembre-se de postar um comentário a cada visita, assim poderei verificar a sua participação online.
Lembrem-se que no meio virtual é muito fácil observar sem ser observado, o que seria uma pena para contabilizar a participação em atividades extra-classe.
Existem vários tamanhos de papéis e para garantir seu uso na indústria gráfica, estes tamanhos foram padronizados.
Existem diferentes séries (A,B e C) com tamanhos e padrões diferentes. Nelas, parte-se do tamanho da folha inteira e suas subdivisões. A série A é a mais comum.
Temos o A0 (“A zero”) que quando é dividido ao meio forma dois A1, que dividido ao meio dá dois A2, que divididos ao meio dão dois A3 etc.
Além disso, há os formatos ofício e tablóide adotados nos EUA e Canadá, que utilizam padrões diferentes, como também o padrão japonês que segue outras medidas.
Conforme mencionei, colocarei abaixo as regras para o exercício bônus a ser entregue na próxima aula, dia 02/04 (Luciana e Vicente) e 09/04 (André e Luiza).
Os exercícios bônus servirão para compensar tarefas que não tenham sido cumpridas ao longo da colaboração. Embora não sejam obrigatórios, sugiro que todos tentem fazer, não para ganhar nota, mas pelo desafio de tentar resolver. Devemos lembrar que a prática é fundamental na formação do designer, por isso quanto maior a dedicação e a disponibilidade, maior será o aprendizado.
O exercício é individual e consiste em:
Tentar reproduzir manualmente, com a maior precisão possível, o próprio nome escrito com uma família tipográfica que ocupe a maior parte de um cartaz A2 (59,4 x 42 cm) na orientação horizontal (paisagem). O cartaz deverá empregar a família tipográfica selecionada no exercício anterior em um tamanho bem grande (400 pontos ou maior).
ATENÇÃO: A imagem acima é apenas um exemplo de composição simples, outras formas de composição serão encorajadas e apreciadas.
Na aula, dedicaremos um tempo para comentários, exposição e dicas sobre os processos empregados.
Neste caso não há certo nem errado, apenas o desafio de investigar métodos e recursos manuais de ampliação.