Como eram feitos os livros em tipografia

Oi pessoal, abaixo um documentário (em inglês) da enciclopédia britânica sobre como eram produzidos os livros pelo processo tipográfico.

Notem que o processo de composição tipográfica era mecânico e não manual, feito por meio de um linotipo (linha a linha).
Depois de gerada as linhas de texto e compostas as páginas, a matriz de tipos em chumbo servia para gerar uma placa de cobre, que era mais resistente e suportava mais impressões.
É interessante notar que todo o processo era mecanizado, pois provavelmente tratava-se de altas tiragens. No caso de baixas tiragens era mais comum a composição manual, e muitas etapas feitas a mão, como o corte e a encadernação. Ao final, as capas tinham seus títulos impressos em hot-stamping, processo tipográfico que permite imprimir letras metalizadas (douradas ou prateadas) muito comum em convite de casamentos.

2 comentários em “Como eram feitos os livros em tipografia”

  1. Professor,
    No caso de baixas tiragens, a composição manual que você fala é máquina de escrever, certo?
    E de que época data esse video, mais ou menos?

    1. Veja bem, Ian, durante muito tempo os livros eram feitos, quase em sua totalidade em composição tipográfica (manual ou mecânica, como o linotipo).
      A máquina de escrever é um recurso que foi utilizado durante muito tempo, mas como forma de escrever documentos ou mesmo os originais de um livro. Na máquina de escrever não era possível reproduzir uma mesma página ou mesmo trocar a tipografia ou os tamanhos, portanto era um recurso bastante limitado.
      A máquina de escrever substitui a escrita à mão, mas não era um recurso de reprodução, pois só permitia poucas cópias usando papel carbono.

      Claro que poderia ser usada artesanalmente para montar um livro. Mas no geral não era isso que ocorria. Aí temos que entender o que é uma baixa ou alta tiragem.

      Em geral a gente chama de baixa tiragem quando é abaixo de poucos milhares, média tiragem até poucas dezenas de milhares e alta tiragem algo acima disso. Mas o termo pode ser bem relativo, dependendo do processo de impressão.

      A tipografia manual atendia às baixas e médias tiragens, pois com o tempo os tipos se danificavam. Ao mesmo tempo, não havia uma demanda tão grande de publicação, como hoje.

      Já uma revista, como a Veja, por exemplo, tem uma tiragem supeior à 200 mil exemplares, utilizando um processo de impressão específico para altíssimas tiragens, a rotografia.

Comentários encerrados.