Graduado em Desenho Industrial / Comunicação Visual pela PUC-Rio em 2003. Mestre e Doutor em Design pela mesma instituição.
Professor da Escola Superior de Desenho Industrial Esdi/UERJ da graduação e pós-graduação.
O site “Type Terms” apresenta os termos tipográficos de forma interativa, dando a entender em detalhe os aspectos que constituem a tipografia, desde a anatomia aos espaçamentos. Apesar de ser em inglês, vale a pena pelo conteúdo e como forma de se familiarizar com os termos nessa língua.
O designer, ilustrador e animador Kevin Mcmahon criou um excelente vídeo em que apresenta os princípios do design gráfico. Embora esteja em inglês, a animação esclarece muito bem do que se trata.
Os princípios animados foram traduzidos abaixo.
equilíbrio: uma distribuição de pesos visuais iguais
alinhamento: um arranjo que forma uma linha reta
ênfase: uma acentuação da importância
proporção: uma escalonamento de um objeto em relação a outro
movimento: um caminho direto de movimento óptico
padrão: uma repetição ordenada de um objeto
contraste: uma justaposição que acentua a diferença
Projeto de graduação de Thibault de Fournas (autor também do video da Futura), que apresenta os conceitos básicos de tipografia, bem como suas diversas aplicações.
O vídeo abaixo mostra uma entrevista realizada com os designers de tipos Jonathan Hoefler e Tobias Frere-Jones, ilustrando as diferentes aplicações tipográficas para diferentes contextos: seja para jornais ou para a comunicação do presidente dos EUA.
Uma super dica para quem lê inglês é visitar (e salvar nos favoritos) o site Butterick’s Practical Typography pois trata de múltiplos assuntos que envolvem tipografia e diagramação com conceitos e conselhos práticos sobre composição, escolha de fontes, boas práticas etc.
O site não se limita apenas aos produtos gráficos (impressos) como também fala de websites e como melhorar a tipografia para web.
O guia também apresenta um excelente glossário de termos e dá dicas inclusive sobre como melhorar um layout de alguns impresos comuns como:
Uma ligatura é um recurso tipográfico no qual se substitui dois ou mais caracteres separados por um caractere único. A ligatura serve para resolver problemas específicos em que dois ou mais caracteres se chocam e formam uma composição ruim.
Abaixo vemos o erro que ocorre entre os caracteres f e i com a família Times New Roman e Minion Pro, em seguida a correção do problema habilitando-se a ligadura da Minion Pro.
A ligatura apresenta uma estrutura de dois ou mais caracteres ligados, seja por um traço comum entre eles e/ou alterações nos desenhos e dimensões dos caracteres para que funcionem melhor quando apresentados em pares.
Alguns pares comuns para ligatura são fi, ff, fl, ffi, ffl, fj, ft entre outros.
O jogo Type:Rider, criado pela Cosmografik e produzido pela Ex-Nihilo e Arte France é um jogo de celular do gênero plataforma baseado em princípios de física mecânica. Ele emprega princípios tais como inércia, aceleração e balística no qual @ jogador@ controla dois pontos ao longo dos cenários em graus de complexidade e dificuldade crescentes. Até aqui nenhuma novidade, não é?
Pois então, o grande diferencial do jogo está exatamente na temática escolhida e na ambientação dos cenários, uma vez que trata da história da Tipografia, suas evoluções técnicas e mudanças estilísticas. Nesse sentido, cada fase pressupõe um momento diferente da história dos tipos: desde as pinturas nas cavernas e escrita cuneiforme (em tabletes de barro), passando por Gutenberg e chegando até as fontes digitais em pixel e vetor. …
Segue a dica de um excelente curta (em inglês) sobre a história da tipografia.
O filme “The History of Typography”, de Ben Barrett-Forrest, é um curta animado que utiliza basicamente papel cortado e a técnica de stop-motion.
Além de muito bem produzido, apresenta conceitos consistentes como a diferenciação entre os estilos Old-Style, Transicional e Moderno, além de evidenciar pontos importantes ao longo da história da tipografia como os tipos sem-serifa e as serifas egípcias.
Super recomendado, mesmo para os que não dominam a língua!
Recentemente vi em alguns blogs como o Design Taxi e o Abduzeedo o trabalho do type designer brasileiro Jackson Alves (portifolio no Behance) lá de Curitiba. Intitulado de Sketchbook of logos, trata dos registros do designer durante seu processo criativo ao elaborar marcas em caligrafia e lettering.
É interessante observar como as alternativas se desdobraram até chegar à sua forma final, evidenciando as opções do designer ao longo do processo.
Abaixo apenas parte do trabalho, para conhecer mais o trabalho do designer siga os links.
Os vídeos abaixo são bastante interessantes àqueles que desejam conhecer o processo de desnsevolvimento de uma fonte. Eles mostram em tempo acelerado (timelapse) as escolhas e técnicas empregadas durante a criação de uma tipografia.
É com muito prazer que venho apresentar o trabalho dos (ex)alunos Vitor Moura, André Rache e Fellipe Ladeira cursando o quarto período de Design na PUC-Rio.
O trabalho Reflection parte do conceito de reflexo para conceber uma família tipográfica desenhada a partir de lasers. Isso mesmo, lasers!
O vídeo do processo é muito interessante e mostra o desenvolvimento da ideia até a execução, com uma edição mais interessante.
O resultado é uma composição geométrica que utiliza pequenos espelhos que refletem os raios para formar os caracteres, compostos por linhas retas e com pontos de concentração específicos devido à técnica utilizada que concentra os raios nos refletores.
Um post anterior e com bastante repercussão, comentei sobre a Read Regular, uma fonte desenhada para a dislexia. Parece que o tema tem mobilizado outros type designers, como o caso do designer holandês Christian Boer criador da fonte Dyslexie.
O projeto surgiu de uma motivação pessoal, afinal o autor também é disléxico. Começando ainda como estudante em 2008, Boer recrutou outras 8 pessoas disléxicas para ajudarem a aprimorar o desenho da fonte. O princípio da fonte é o mesmo da Read Regular em que se identifica a dificuldade dos disléxicos em lidar com as similaridades entre os caracteres, ainda que sejam espelhados ou rotacionados. Nesse sentido, a Dislexie trabalha com estratégias de maior diferenciação entre as letras.
Veja a fonte em uso na amostra abaixo:
O resultado é uma fonte que escapa aos padrões tipográficos, com pesos variados ao longo das letras e mudanças no desenho dos caracteres. O pequeno estranhamento ao ritmo do texto é justamente o que favorece o reconhecimento e identificação dos caracteres por pessoas com dislexia.
Será que você é bom em identificar fontes? O site Deep Font Challenge testa a sua capacidade em identificar fontes ao solicitar que você atire no alvo correto dentro de um limite de tempo.
É preciso ser rápido e certeiro! Mas atenção, a partir de determinado momento você deverá atirar em todos os casos que não é a fonte da vez.
Sábado passado tive o prazer de assistir a palestra da designer e educadora Ellen Lupton na Escola Superior de Desenho Industrial. Na palestra, ela falou sobre algumas coisas que lemos em seus livros (tem vários recomendados na seção referências) e apontou várias questões interessantes sobre design gráfico e tipografia.
Todavia venho comentar aqui o poster do evento, de autoria da aluna da Mayara Zavoli (UFRJ), que de uma maneira muito simples conseguiu criar algo muito interessante: a junção de tipografia e fotografia. A partir de letras recortadas em volume (em MDF), o cartaz a partir da foto dos tipos (Gotham Extra Bold) montados de maneira a formar o nome da palestrante. O cartaz foi selecionado a partir de um concurso dentro de uma disciplina da universidade para o evento interinstitucional (ESDI/UERJ, EBA/UFRJ e ECCD/Instituto Infnet).
Mesmo com uma forma tipográfica simples, sem serifa, o cartaz cria ritmo e interesse por conta da perspectiva, foco, e combinação de cores. Muito bacana e inspirador.
Excelente vídeo sobre a educação visual contemplando aspectos da sensibilização do olhar não apenas para o conteúdo da imagem, mas suas propriedades, texturas, formas e composição.
Quando lemos um texto, um dos quesitos importantes à respeito da tipografia é a capacidade de identificarmos com facilidade cada letra. Essa capacidade é chamada de legibilidade.
Parte das maneiras de se garantir a legibilidade é observar a relação entre forma e contra-forma, ou seja, entre figura e fundo numa fonte. Se a relação figura e fundo for equilibrada, a tendência é que o reconhecimento dos caracteres seja mais rápido. Já se a relação estiver em desequilíbrio, pode ocorrer o comprometimento da legibilidade.
Pensando nesses e outros aspectos, a designer Natascha Frensch estudou e experimentou com leitores disléxicos para testar a efetividade de sua fonte: Read Regular.
Uma das dificuldades dos leitores disléxicos está em identificar caracteres que são parecidos entre si. Caracteres como d e b são, muitas vezes, espelhados. Frensch verificou que a diferenciação entre o desenho destes caracteres facilitavam o reconhecimento das letras diferentes, evitando a confusão.
O resultado foi uma fonte com contra-formas diferenciadas, ascendentes (bdfhkl) e descendentes (gjpqy) generosas e ocos e ganchos abertos que facilitam o reconhecimento e evitam diferentes obstáculos para leitores disléxicos.