Aulas

Princípios do design

O designer, ilustrador e animador Kevin Mcmahon criou um excelente vídeo em que apresenta os princípios do design gráfico. Embora esteja em inglês, a animação esclarece muito bem do que se trata.

Os princípios animados foram traduzidos abaixo.

  1. equilíbrio: uma distribuição de pesos visuais iguais
  2. alinhamento: um arranjo que forma uma linha reta
  3. ênfase: uma acentuação da importância
  4. proporção: uma escalonamento de um objeto em relação a outro
  5. movimento: um caminho direto de movimento óptico
  6. padrão: uma repetição ordenada de um objeto
  7. contraste: uma justaposição que acentua a diferença
  8. unidade: um arranjo harmonioso dos elementos

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Ligaturas

Uma ligatura é um recurso tipográfico no qual se substitui dois ou mais caracteres separados por um caractere único. A ligatura serve para resolver problemas específicos em que dois ou mais caracteres se chocam e formam uma composição ruim.

Abaixo vemos o erro que ocorre entre os caracteres f e i com a família Times New Roman e Minion Pro, em seguida a correção do problema habilitando-se a ligadura da Minion Pro.

A ligatura apresenta uma estrutura de dois ou mais caracteres ligados, seja por um traço comum entre eles e/ou alterações nos desenhos e dimensões dos caracteres para que funcionem melhor quando apresentados em pares.

Alguns pares comuns para ligatura são fi, ff, fl, ffi, ffl, fj, ft entre outros.

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Anatomia de um grid: as partes básicas de uma página

Um grid consiste num conjunto específico de relações de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos num formato. Todo grid possui as mesmas partes básicas, por mais complexo que seja. Cada parte desempenha uma função específica; as partes podem ser combinadas segundo a necessidade, ou omitidas da estrutura geral a critério do designer, conforme elas atendam ou não às exigências informativas do conteúdo.

Construindo uma estrutura adequada

O projeto de um grid depende de duas fases de desenvolvimento. Primeiro, o designer tenta avaliar as características informativas e as exigências  de produção do material. Essa fase é de extrema importância; o grid, depois de pronto, é um sistema fechado, e ao construí-lo o designer precisa atender às especificidades do conteúdo, por exemplo os múltiplos tipos de informação, a natureza das imagens e a quantidade delas. Além disso, o designer deve prever eventuais problemas que podem surgir ao diagramar o conteúdo dentro do grid, como títulos compridos demais, cortes de imagens ou espaços vazios em alguma seção por falta de material.

A segunda fase consiste em dispor o conteúdo de acordo com as diretrizes dadas pelo grid. É importante entender que o grid, mesmo sendo um guia precso nunca pode prevalecer sobre a informação. Sua tarefa é oferecer uma unidade geral sem destruir a vitalidade da composição. Geralmente, a variedade de soluções para a diagramação de uma página com um certo grid é inesgotável, mas mesmo assim, às vezes é melhor transgredir o grid.  O designer não pode ter medo de seu grid, e deve testá-lo até o limite. Um grid realmente bom cria infinitas oportunidades de exploração.

Cada problema de design é diferente e requer uma estrutura de grid que trate de suas especificidades. Existem vários tipos básicos de grid, e cada qual se destina, em princípio a resolver determinados tipos de problemas. O primeiro passo é avaliar qual tipo de estrutura será capaz de atender às necessidades específicas do projeto.

Diferentes tipos de grid
Diferentes tipos de grid

Timothy Samara, Grid: Construção e desconstrução.  São Paulo: Cosac Naify,2007 p.24

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20 regras para um bom design gráfico

Conforme o prometido, disponibilizo aqui o material da aula em dois arquivos separados:

1. 20 regras para um bom design – apresentação
2.  Comentarios sobre as 20 regras.

Lembrem-se que se trata apenas de uma síntese do livro do Timothy Samara, que considero altamente recomendável para referência posterior.

*SAMARA, Timothy. Elementos do design: guia de estilo gráfico. Ed. Bookman, 2o10

Façam bom proveito.

 

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Medidas tipográficas

As unidades tipográficas, diferentemente de outras medidas, não costumam empregar o sistema métrico. Portanto, quando tratamos de tipografia costumamos a nos referir a pontos (pt), paicas (p), cíceros etc.

Em tipografia existem duas medidas de ponto mais conhecidas: o ponto paica (em inglês pica), empregado na Inglaterra e nos países de língua inglesa, e o ponto Didot, empregado na Europa continental.

O ponto, em ambos os casos, é o resultado da divisão da unidade em 12 partes.Há uma pequena diferença de tamanhos, sendo a paica um pouco menor que o cícero. Sendo assim:

1 paica (4,22 mm) = 12 pontos (sistema britânico)

1 cícero (4,52 mm)= 12 pontos (sistema Didot)

Unidade tipografica nos sistemas paica e Didot. Fonte usada: Gill Sans

Vale ressaltar que estas medidas foram empregadas principalmente no sistema de impressão tipográfica e diz respeito aos tipos analógicos. Os tipos digitais, por sua vez, adotam a medida em paicas, mas fazem uma adaptação em relação à unidade. Neste caso, adotam o sistema de medidas inglês e tomam a polegada como referência.  Neste caso uma paica equivale a 1/6 de polegada  (4,233 mm) e o ponto 1/12  de paica.

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Aula 01 – Noções Básicas de Tipografia

Bem-vindos meus novos alunos,

conforme já foi apresentado, este blog faz parte do conteúdo de Linguagem Gráfica para Projeto Conceito e Contexto (DSG1001) na PUC-Rio.

O conteúdo da primeira aula está disponível nesse link: https://ricardoartur.com.br/1001/files/2012/03/aula01.pdf

Quem não veio à aula e quiser tentar fazer o exerxício para a próxima aula pode acessá-lo aqui.

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Coerência visual: o exemplo em um midia card

Olá pessoal,

a aluna Gabriela Pinheiro me mandou o Mídia Card dela por e-mail e quis saber os meus  comentários para que pudesse corrigir antes de imprimir e me apresentar.

Como o processo acabou um pouco exclusivo, pedi autorização dela para publicar o processo aqui. Isso porque achei que se tornou um bom exemplo para a gente discutir coerência visual, ou seja, a relação estabelecida entre os elementos imagéticos e tipográficos, assim como entre frente e verso de uma peça gráfica.

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InDesign: criar arquivos e interface

Olá pessoal,

o InDesign é um programa especializado para o design editorial (livros, revistas, jornais). É um programa que auxilia bastante no controle detalhado de texto e imagem, além de possuir uma boa integração com outros programas da Adobe (Photoshop, Illustrator, etc.)

Esse é o primeiro vídeo de uma série que estou fazendo para ajudar vocês em casa, no laboratório ou no trabalho. Começo explicando algumas noções básicas sobre a interface e alguns detalhes importantes na hora de criar um documento. Em breve postarei mais vídeos.

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A regra dos terços

Quando falamos em composição, nos referimos à maneira como os elementos estão dispostos dentro de um enquadramento. Isso pode se referir a muitas coisas: fotografia, cinema, pintura, desenho, etc.

Se a noção de enquadramento é amplamente empregada nas artes visuais, no design gráfico não é menos importante. Quando fazemos uma peça gráfica – pôster, livro, revista, papel de carta, cartão de visitas, entre outros – estamos trabalhando com um suporte delimitado, normalmente em papel que terá suas dimensões definidas. Dentro deste suporte, organizaremos a informação (texto, imagem, texturas, cores, etc.).

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Noções gráficas no Midia Card

Exemplo de midia card

Um mídia card, ou postal publicitário, é uma modalidade de impresso que se assemelha ao cartão postal, mas que difere no propóstio, pois tem o intuito de divulgar mensagens publicitárias de alguma empresa, produto ou serviço. Sua distribuição é gratuita, disponibilizado em displays localizados em pontos estratégicos (restaurantes, bares, instituicões culturais, etc).

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Exercício 01

O primeiro exercício consiste em duas etapas:

  1. O exercício do desenho com referência (letras A)  necessita a observação e o cuidado com os detalhes e acabamento. Ele deve, obrigatoriamente, ser desenvolvido em 20 minutos. Ao fim do tempo, deixar incompleto caso não tenha conseguido terminar. Isso é importante.
  2. O exercício de dedução (completar as letras que faltam) necessita a observação dos alfabetos na íntegra para tentar deduzir, o mais acertadamente possível, como são as letras que faltam. Ele deve, obrigatoriamente, ser desenvolvido em 30 minutos. Caso não seja possível completar no tempo, deixar o que restou. Além disso, não vale procurar estas fontes na internet para completar, o importante nesse exercício não é acertar, mas ser capaz de observar e deduzir.

Exercício 01 – tipografia

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Aldus Manutius – impressor veneziano do séc. XV

Aldo Manúcio (conhecido também como Aldus Manutius) foi um impressor da renascença, considerado por muitos um dos pioneiros e principais mestres da arte da composição tipográfica.

As técnicas e os recursos de impressão empregados por Manutius é uma forte referência para diversos designers e, para alguns, insuperáveis.

Texto de Sófocles impresso em grego pela gráfica Aldina (de Aldus Manutius) em 1502

Para conhecer mais o trabalho do impressor, o site da biblioteca Harold B. Lee, da Bringham Young University, disponibilizou um acervo com o legado de Aldus Manutius, contendo amostras de diferentes impressos da época.

Para conferir, basta seguir o link para o site: http://net.lib.byu.edu/aldine/aldus.html

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Contraste de cores

O uso das cores em projetos de Design requer um planejamento cuidadoso, pois afetam a legibilidade e a leitura, além de invocarem aspectos sensoriais que remetem aos diferentes significados  relacionados às experiências pessoais, à cultura em questão e aos aspectos emocionais.

Donis Dondis, em seu livro Sintaxe da Linguagem Visual, argumenta que a principal estratégia para induzir e reforçar a mensagem visual é o contraste.  Para a autora, tal estratégia consiste em estabelecer composições onde haja uma diferença marcante e perceptível entre os elementos, de modo a reforçar a intenção desejada. O oposto é o caso onde há ambiguidade: os elementos se parecem e não é possível identificar a diferença entre eles.

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Princípios de Gestalt aplicados ao Design

Tradução do texto The Gestalt Principles, por Ricardo Artur P. Carvalho. Texto original disponível  no endereço: http://graphicdesign.spokanefalls.edu/tutorials/process/gestaltprinciples/gestaltprinc.htm acessado em: 04/04/2011

Gestalt é um termo da psicologia que significa “todo unificado”. Ele se refere às teorias da percepção visual, desenvolvido por psicólogos alemães na década de 1920. Estas  teorias tentam descrever como as pessoas tendem a organizar os elementos visuais por meio de grupos ou todos unificados nos quais certos princípios são aplicados. Estes princípios são:

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Legibilidade e Leiturabilidade: entendendo as diferenças

Tradução livre e síntese dos conceitos apresentados no site www.ilovetypography.com no artigo Reviving Caslon por William Berkson (http://ilovetypography.com/2010/11/02/reviving-caslon-part-2-readability-affability-authority/)

Para quem vai trabalhar com textos, é preciso saber e avaliar as diferentes qualidades tipográficas e verificar se possuem tanto legibilidade quanto leiturabilidade. Mas qual a diferença?

“Legibility” is based on the ease with which one letter can be told from the other. “Readability” is the ease with which the eye can absorb the message and move along the line.”
—Types of Typefaces (1967) p. 84-5.

Legibilidade [legibility]: diz respeito à facilidade com que uma letra pode ser distinguida de outra.
Leiturabilidade [readability]: diz respeito à facilidade com que o olho absorve a mensagem e se move ao longo da linha.

Ou ainda:

[Readability] describes the quality of visual comfort—an important requirement in the comprehension of long stretches of text, but, paradoxically, not so important in such things as telephone directories or air-line timetables, where the reader … is searching for a single item of information [and where legibility is most important].
—Letters of Credit (1986), p. 31.

Leiturabilidade: descreve a qualidade de conforto visual – um requisito importante para a compreensão de longas porções de texto, mas paradoxalmente, não tão importante em coisas tais como listas telefônicas ou tabelas de vôo, em que o leitor… procura por um único item de informação [onde a legibilidade é mais importante].

Resumindo, legibilidade diz respeito à capacidade de reconhecer as letras, enquanto a leiturabilidade diz respeito à capacidade de se ler as palavras e diversas linhas do texto.

O exemplo abaixo apresenta um caso de letras legíveis (reconhecemos facilmente os caracteres) mas eles não combinam muito bem, o que dificulta a leitura (pouca leiturabilidade).

Exemplo de legibilidade com má leiturabilidade

Isso significa que uma letra pode ser individualmente legível, mas devemos também nos preocupar com a combinação e o efeito do conjunto. Mal espaçamento, variação de larguras dos tipos e a ausência de kerning também dificultam bastante a facilidade leitura, pois causam problemas de ritmo.

Exemplos de mal e bom ritmo
Exemplos de mal e bom ritmo

Acima vemos como o espaçamento variado dificulta a leitura da frase, comparada à linha de baixo onde o espaçamento está melhor distribuído.

Espero que tenham compreendido. Alguma dúvida? Comente abaixo!

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