Dicas

Princípios do design

O designer, ilustrador e animador Kevin Mcmahon criou um excelente vídeo em que apresenta os princípios do design gráfico. Embora esteja em inglês, a animação esclarece muito bem do que se trata.

Os princípios animados foram traduzidos abaixo.

  1. equilíbrio: uma distribuição de pesos visuais iguais
  2. alinhamento: um arranjo que forma uma linha reta
  3. ênfase: uma acentuação da importância
  4. proporção: uma escalonamento de um objeto em relação a outro
  5. movimento: um caminho direto de movimento óptico
  6. padrão: uma repetição ordenada de um objeto
  7. contraste: uma justaposição que acentua a diferença
  8. unidade: um arranjo harmonioso dos elementos

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Butterick’s Practical Typography

Uma super dica para quem lê inglês é visitar (e salvar nos favoritos) o site Butterick’s Practical Typography pois trata de múltiplos assuntos que envolvem tipografia e diagramação com conceitos e conselhos práticos sobre composição, escolha de fontes, boas práticas etc.

O site não se limita apenas aos produtos gráficos (impressos) como também fala de websites e como melhorar a tipografia para web.

O guia também apresenta um excelente glossário de termos e dá dicas inclusive sobre como melhorar um layout de alguns impresos comuns como:

Butterick

 

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Noções Básicas de Cor

Cores: noções básicas

As cores são um fenômeno ótico e que podem se manifestar a partir de dois processos: cor luz (processo aditivo) e cor pigmento (processo subtrativo).

Para entender mais sobre os processos cromáticos, propriedades das cores  e princípios de harmonização, não deixe de acessar o PDF.

Para quem quiser explorar mais o tema, não deixe de experimentar o Jogo da cor.

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Sketchbook of logos: o processo de criação de marcas

Recentemente vi em alguns blogs como  o Design Taxi e o Abduzeedo o trabalho do type designer brasileiro Jackson Alves (portifolio no Behance) lá de Curitiba. Intitulado de Sketchbook of logos, trata dos registros do designer durante seu processo criativo ao elaborar marcas em caligrafia e lettering.

É interessante observar como as alternativas se desdobraram até chegar à sua forma final, evidenciando as opções do designer ao longo do processo.

Abaixo apenas parte do trabalho, para conhecer mais o trabalho do designer siga os links.

Jackson Alves - estudo

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Reflexão: tipografia com laser

É com muito prazer que venho apresentar o trabalho dos (ex)alunos Vitor Moura, André Rache e Fellipe Ladeira cursando o quarto período de Design na PUC-Rio.

O trabalho Reflection parte do conceito de reflexo para conceber uma família tipográfica desenhada a partir de lasers. Isso mesmo, lasers!

O vídeo do processo é muito interessante e mostra o desenvolvimento da ideia até a execução, com uma edição mais interessante.

O resultado é uma composição geométrica que utiliza pequenos espelhos que refletem os raios para formar os caracteres, compostos por linhas retas e com pontos de concentração específicos devido à técnica utilizada que concentra os raios nos refletores.

Reflexão - por Vitor Moura, André Rache e Fellipe Ladeira (clique para ampliar)

Tipos com laser - por Vitor Moura, André Rache e Fellipe Ladeira (clique para ampliar)

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Dislexie: outra tipografia para a dislexia

Um post anterior e com bastante repercussão, comentei sobre a Read Regular, uma fonte desenhada para a dislexia. Parece que o tema tem mobilizado outros type designers, como o caso do designer holandês Christian Boer criador da fonte Dyslexie.

O projeto surgiu de uma motivação pessoal, afinal o autor também é disléxico. Começando ainda como estudante em 2008, Boer recrutou outras 8 pessoas disléxicas para ajudarem a aprimorar o desenho da fonte. O princípio da fonte é o mesmo da Read Regular em que se identifica a dificuldade dos disléxicos em lidar com as similaridades entre os caracteres, ainda que sejam espelhados ou rotacionados. Nesse sentido, a Dislexie trabalha com estratégias de maior diferenciação entre as letras.

Veja a fonte em uso na amostra abaixo:

Amostra de texto com a fonte Dyslexie

O resultado é uma fonte que escapa aos padrões tipográficos, com pesos variados ao longo das letras e mudanças no desenho dos caracteres. O pequeno estranhamento ao ritmo do texto é justamente o que favorece o reconhecimento e identificação dos caracteres por pessoas com dislexia.

Quem quiser se aprofundar na pesquisa, pode ler os resultados da pesquisa realizada em 2012 sobre a fonte, disponível no site.

Abaixo um pequeno vídeo explicando as estratégias da fonte.

Leia também o artigo da Co. Design sobre a fonte.

Outro aspecto que também vale a pena conferir são as recomendações de diagramação para disléxicos, que pretendo traduzir em breve e disponibilizar aqui no blog.

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Read Regular: uma fonte para dislexia

Quando lemos um texto, um dos quesitos importantes à respeito da tipografia é a capacidade de identificarmos com facilidade cada letra. Essa capacidade é chamada de legibilidade.

Parte das maneiras de se garantir a legibilidade é observar a relação entre forma e contra-forma, ou seja, entre figura e fundo numa fonte. Se a relação figura e fundo for equilibrada, a tendência é que o reconhecimento dos caracteres seja mais rápido. Já se a relação estiver em desequilíbrio, pode ocorrer o comprometimento da legibilidade.

Pensando nesses e outros aspectos, a designer Natascha Frensch estudou e experimentou  com leitores disléxicos para testar a efetividade de sua fonte: Read Regular.

Uma das dificuldades dos leitores disléxicos está em identificar caracteres que são parecidos entre si. Caracteres como d e b são, muitas vezes, espelhados. Frensch verificou que a diferenciação entre o desenho destes caracteres facilitavam o reconhecimento das letras diferentes, evitando a confusão.

O resultado foi uma fonte com contra-formas diferenciadas, ascendentes (bdfhkl) e descendentes (gjpqy) generosas e ocos e ganchos abertos que facilitam o reconhecimento e evitam diferentes obstáculos para leitores disléxicos.

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Viúvas e orfãs

Em diagramação algumas práticas são comuns, gerando algumas recomendações para quem vai lidar com o texto. Uma delas é a de evitar viúvas e orfãs. Mas o que é isso?

Segundo Robert Bringhurst, em Elementos do Estilo Tipográfico, p.52:

Orfãs

Linhas isoladas de um parágrafo que principía na última linha de uma página são chamadas de orfãs. Elas não têm passado, mas têm futuro.

Viúvas

Já as réstias dos parágrafos  que terminam na primeira linha de uma página são chamadas de viúvas. Elas  têm passado, mas não têm futuro.

Além disso, o tradutor faz uma nota ressaltando que no Brasil também há outro conceito de viúvas:

No meio editorial brasileiro, o termo viúva também é usado para indicar a palavra que sobra sozinha na última linha de um parágrafo.

Evitar viúvas e orfãs é uma maneira de manter uma composição equilibrada e a fluência da leitura de um texto. Portanto, fica a dica!

BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico (versão 3.0)[Trad. André Storlaski] , São Paulo: Cosac Naify, 2005.

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Quer pagar quanto?

Tá querendo uma fonte legal para aquele projeto, mas sente culpa por utilizar fontes piratas? Seus problemas acabaram! O site Lost Type Co-op oferece uma alternativa para aqueles que não tem a grana que as type foundrys* tradicionais costumam cobrar.
As fontes podem ser baixadas de graça, caso a sua contribuição seja de $0.  Mas por uma iniciativa tão bacana, vale a pena remunerar os designers que investiram na ideia. Além disso é reconhecer o trabalho dos caras, ainda que pagando um valor muito abaixo do mercado.
Ia gastar com aquele app de celular? Ia comprar uma música no iTunes? Ia assitir um filme ou tomar aquele choppinho a mais? Dá pra economizar e pagar por um trabalho que você acha que merece.  Afinal, você que usa fonte hoje, poderia estar desenhando e comercializando elas amanhã. Já pensou nisso?

* type foundry é o termo empregado para as empresas que produzem e comercializam fontes. Na época dos tipos em metal eram fundidoras, passaram a produção das fontes fotográficas e atuam hoje com as fontes digitais. Algumas fondrys famosas são a Monotype, Emigre, Font Bureau, Font Font entre outras.

(li primeiro no blog Caligraffiti)

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Dica: material sobre a história da tipografia

Alo galera. O designer e professor Fabio Lopez (Flickr) mandou uma excelente dica no Twitter dele (@flopezdesign – altamente recomendado para interessados em tipografia).

É um material desenvolvido na UNIRIO pela professora Laura Klemz Guerrero sobre a história da tipografia, dentro da disciplina de História dos Livros e das Bibliotecas I (link para o blog).

O material é bem rico e fartamente ilustrado, além de trazer referências importantes na área e discutir os aspectos técnicos, históricos e sociais da tipografia. CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O PDF.

Confesso que não li o material na íntegra, mas num passar de olhos já deu pra perceber a abrangência do material (um pdf com 142 páginas). A professora fala dos tipos móveis, de Gutenberg e a primeira bíblia impressa, passa pelo processo de produção de tipos fundidos e muito mais. Vale a pena para quem quiser ir mais a fundo.

Abaixo algumas amostras dos slides, clique nelas para baixar o pdf:

Pagina de abertura

Slide sobre os tipos móveis

 

Detalhamento do clichê tipográfico

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Lição de tipografia

Vi esses dias no blog da FastCompany Design essa postagem sobre um impresso tipográfico (impresso com tipos móveis) que apresenta a anatomia das letras.

Apesar de ser em inglês (é preciso cuidado pois alguns diferem do português) , é uma obra inspiradora!

O trabalho foi feito pelo escritório canadense Ligature, Loop & Stem (que em livre traduzindo seria algo como: Ligadura, Curva e Haste – ou seja, elementos da anatomia tipográfica!)

Lição de tipografia

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Manifesto do Completo

Em profissões criativas é muito comum empacar diante de alguma ideia e não saber como completá-la.

Pensando nisso, os artistas Bre Pettis e Kio Stark realizaram em 20 minutos um manifesto sobre como concretizar as ideias. Depois, o ilustrador James Provost resolveu colocar os 13 princípios em um poster.

Tomei a liberdade de traduzir (tradução livre) o manifesto do completo (Done Manifesto), abaixo:

  1. Existem três estados do ser. Não saber, ação e realização.
  2. Aceite que tudo é um rascunho. Isso ajuda a completar.
  3. Não existe estágio de edição.
  4. Fingir que você sabe o que está fazendo é quase igual a saber o que está fazendo, então aceite que você sabe o que está fazendo, mesmo que não saiba, e faça!
  5. Abandone a procrastinação. Se você espera mais que uma semana para ter uma ideia completa, abandone-a.
  6. O momento de ficar pronto não é o de finalização, mas de ter outras coisas para fazer.
  7. Uma vez completo, descarte-o.
  8. Ria da perfeição.  Ela é entediante e te impede de fazer as coisas.
  9. Pessoas sem mãos sujas estão erradas. Ter completado as coisas faz você estar certo.
  10. Fracassos contam como completos. Então cometa erros.
  11. Destruição é uma variante do completo.
  12. Se você tem uma ideia e a publica na internet, isso conta como um espectro do completo.
  13. Completo é o motor de mais.

A ilustração para os princípios segue abaixo:

Manifesto do Completo

A referência deste post é da Fast Company Design, confira o original clicando aqui.

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Design de tipos: Cicero

O designer recém-formado Pedro Palmier apresentou semana passada seu projeto final de curso na PUC-Rio.

Como proposta, desenvolveu uma família tipográfica para texto (que tem como requisito funcionar em tamanhos pequenos em corpo de texto, diferente das fontes “display”), explorando as caracaterísticas do desenho manual e da influência humanista na tipografia. O nome da fonte? Cicero!

Amostra da fonte Cicero (frente)

O projeto (nota 10) rendeu-lhe elogios dos professores tanto por seu empenho, como pelo detalhamento e especificações que permitiram a criação de uma fonte com um desenho singular que funciona tanto em corpos grandes como em pequenos.

Um breve resumo do projeto:

Baseada em humanistas como Scala, Seria e Bembo, Cicero foi projetada para ser utilizada em textos de literatura e poesia. A fonte apresenta formas irregulares e curvas não-convencionais e seu batismo significa “aquele que planta sementes”, uma metáfora ao significado deste projeto. Coloquei neste trabalho a vontade de que ele seja um fechamento feliz da minha graduação e um bom início para minha vida profissional, que as sementes plantadas aqui possam germinar, crescer e oferecer bons frutos no futuro.

 

Amostra da fonte Cicero (verso)

O projeto está apresentado no tumblr http://pedropalmier.tumblr.com/ onde também é possível baixar o catálogo de amostra da fonte em pdf (o que permite observar os detalhes da tipografia). Pedro também prometeu disponibilizar a fonte para uso em breve, fiquem de olho.

Pessoalmente, gostaria de ver o relatório do processo, pois ilustra bem a complexidade de um projeto de fontes.

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Guia de tipografia

Encontrei um post da FastCompany (site que recomendo frequentar) com o infográfico abaixo, mostrando um resumo sucinto das propriedades da tipografia. O designer se identificou apenas como Noodlor e não pude encontrar mais referências de trabalhos dele (quem achar, pode compartilhar nos comentários).

O “guia de tipografia” está em inglês e resume uma série de conceitos que ajudam na escolha de tipos. Para quem gostou, vale também conferir o outro infográfico postado aqui.

Clique na imagem ara ampliar.

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Viva la RESOLUCIÓN!

Hay que endurecerse, pero sin perder la TEXTURA jamás

Galera, foi impressionante o número de midia cards com imagens de baixa resolução apresentados. Examinados com cuidado, dá para ver serrilhados nas imagens, parecidos com esses no rosto do Che Guevara na piadinha aí em cima.

Na tela pode ser que os layouts fiquem ótimos, mas na hora de imprimir ficam cheios de texturas e serrilhados indesejados decorrentes do estiramento da imagem. Isso ocorre devido à diferença de resolução entre a imagem e a impressora, que terá uma resolução superior. Na hora de imprimir, essa diferença é preenchida por um algoritmo que faz a imagem ficar com um efeito de serrilhado. Para evitar isso devemos trabalhar com imagens bitmaps em resoluções maiores ou imagens em vetores.

A resolução é um aspecto relevante para os impressos e é geralmente medida em linhas por polegadas (lpi), pontos por polegadas (dpi) ou pixels por polegada (ppi) e quanto maior, mais nítida e definida a imagem impressa.

Quem criou seus mídia cards no InDesign não deve ter tido problema, pois ele considerará a saída pra impressos e tentará corrigir a resolução das imagens. Mas quem fez o layout em um programa de imagem, como o Photoshop e esqueceu de aumentar a resolução pode ter tido esse tipo de problema até mesmo na tipografia. Abaixo a tela onde dá para controlar a resolução no Photoshop.

Tela de configuração do arquivo no Photoshop

Portanto vou explicar uma regrinha simples que vale para vários programas diferentes:

RESOLUÇÕES

TELA: 72 ou 96 dpi

(na verdade a quantidade de pontos por polegadas, ou dots per inch, da imagem digital importa pouco, o que interessa é a medida em pixels. Mas como alguns programas adotam essas medidas como padrão, podem ser adotadas na hora de criar uma imagem com destino para tela.

IMPRESSÃO JATO DE TINTA OU LASER: 150 dpi ou superior

IMPRESSÃO OFFSET: 300 dpi ou superior

Fica a dica para futuros trabalhos. Lembrem-se sempre de se perguntarem: é para tela ou para impressão? Qual tipo de impressão?

Viva la resolución!
(dica da imagem da designer Isabela Mattos)

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Exposição: Oded Ezer – Tipocriaturas

O designer e artista plástico israelense, Oded Ezer, apresenta suas experimentações tipográficas pela primeira vez no Brasil. Suas obras dão vida à tipografia, tridimensionalizando-as e hibridizando-as, mostrando tanto o caráter plástico quanto experimental de seu trabalho.

 

Oded Ezer - Poster Helvetica viva

A exposição acontecerá em São Paulo e Brasília (infelizmente não virá para o Rio de Janeiro) na Caixa Cultural e é gratuita.

Mas também vale a pena entrar no site e ver as obras:
http://www.tipocriaturas.com.br/

(dica da designer Isabela Mattos)

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Coerência visual: o exemplo em um midia card

Olá pessoal,

a aluna Gabriela Pinheiro me mandou o Mídia Card dela por e-mail e quis saber os meus  comentários para que pudesse corrigir antes de imprimir e me apresentar.

Como o processo acabou um pouco exclusivo, pedi autorização dela para publicar o processo aqui. Isso porque achei que se tornou um bom exemplo para a gente discutir coerência visual, ou seja, a relação estabelecida entre os elementos imagéticos e tipográficos, assim como entre frente e verso de uma peça gráfica.

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Impressão e acabamento de capa

O vídeo abaixo, além de bem produzido, vale para conferir o processo de produção de uma capa de revista.

O vídeo compreende diferentes etapas na seguinte sequência:

  • conceituação
  • criação do layout
  • refile (corte)
  • criação das chapas de impressão (que aparecem em tom azulado)
  • colocação das chapas nos castelos de impressão
  • impressão offset (CMYK)
  • avaliação da impressão
  • criação da faca de vinco
  • vinco (com uma faca de vinco, aparece em 2:23′ )
  • avaliação do resultado final

 

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