O site “Type Terms” apresenta os termos tipográficos de forma interativa, dando a entender em detalhe os aspectos que constituem a tipografia, desde a anatomia aos espaçamentos. Apesar de ser em inglês, vale a pena pelo conteúdo e como forma de se familiarizar com os termos nessa língua.
Um grid consiste num conjunto específico de relações de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos num formato. Todo grid possui as mesmas partes básicas, por mais complexo que seja. Cada parte desempenha uma função específica; as partes podem ser combinadas segundo a necessidade, ou omitidas da estrutura geral a critério do designer, conforme elas atendam ou não às exigências informativas do conteúdo.
Construindo uma estrutura adequada
O projeto de um grid depende de duas fases de desenvolvimento. Primeiro, o designer tenta avaliar as características informativas e as exigências de produção do material. Essa fase é de extrema importância; o grid, depois de pronto, é um sistema fechado, e ao construí-lo o designer precisa atender às especificidades do conteúdo, por exemplo os múltiplos tipos de informação, a natureza das imagens e a quantidade delas. Além disso, o designer deve prever eventuais problemas que podem surgir ao diagramar o conteúdo dentro do grid, como títulos compridos demais, cortes de imagens ou espaços vazios em alguma seção por falta de material.
A segunda fase consiste em dispor o conteúdo de acordo com as diretrizes dadas pelo grid. É importante entender que o grid, mesmo sendo um guia precso nunca pode prevalecer sobre a informação. Sua tarefa é oferecer uma unidade geral sem destruir a vitalidade da composição. Geralmente, a variedade de soluções para a diagramação de uma página com um certo grid é inesgotável, mas mesmo assim, às vezes é melhor transgredir o grid. O designer não pode ter medo de seu grid, e deve testá-lo até o limite. Um grid realmente bom cria infinitas oportunidades de exploração.
Cada problema de design é diferente e requer uma estrutura de grid que trate de suas especificidades. Existem vários tipos básicos de grid, e cada qual se destina, em princípio a resolver determinados tipos de problemas. O primeiro passo é avaliar qual tipo de estrutura será capaz de atender às necessidades específicas do projeto.
Timothy Samara, Grid: Construção e desconstrução. São Paulo: Cosac Naify,2007 p.24
Vi esses dias no blog da FastCompany Design essa postagem sobre um impresso tipográfico (impresso com tipos móveis) que apresenta a anatomia das letras.
Apesar de ser em inglês (é preciso cuidado pois alguns diferem do português) , é uma obra inspiradora!
O trabalho foi feito pelo escritório canadense Ligature, Loop & Stem (que em livre traduzindo seria algo como: Ligadura, Curva e Haste – ou seja, elementos da anatomia tipográfica!)
O exercício do desenho com referência (letras A) necessita a observação e o cuidado com os detalhes e acabamento. Ele deve, obrigatoriamente, ser desenvolvido em 20 minutos. Ao fim do tempo, deixar incompleto caso não tenha conseguido terminar. Isso é importante.
O exercício de dedução (completar as letras que faltam) necessita a observação dos alfabetos na íntegra para tentar deduzir, o mais acertadamente possível, como são as letras que faltam. Ele deve, obrigatoriamente, ser desenvolvido em 30 minutos. Caso não seja possível completar no tempo, deixar o que restou. Além disso, não vale procurar estas fontes na internet para completar, o importante nesse exercício não é acertar, mas ser capaz de observar e deduzir.
Para quem teve dúvidas sobre a nomenclatura, mais uma tabela para complementar as partes do tipo.
Esse gráfico foi extraído do livro Projeto Tipográfico: análise e produção de fontes digitais, de Claudio Rocha (2ed. Rosari, 2003).
Caros alunos, venho neste post esclarecer a dúvida que surgiu durante a aula de tipografia, quando falamos de anatomia da fonte.
Durante a discussão sobre a nomenclatura das partes dos tipos, fiquei em dúvida se, no caso da letra “y” minúscula se tratava de uma cauda, uma descendente ou um gancho.
Para tirar a dúvida, consultei o glossário do site de fontes www.fontshop.com.
Lá encontramos a explicação do que é uma cauda é normalmente uma descendente, normalmente o traçado decorativo do “Q”, normalmente o traçado diagonal curvado do “K” ou “R”.
Tail
In typography, the descending, often decorative stroke on the letter ‘Q’ or the descending, often curved diagonal stroke on ‘K’ or ‘R’ is the tail.
Portanto, segundo esses princípios e segundo o próprio site, a letra “y” minúscula pode possuir sim uma cauda!