O site “Type Terms” apresenta os termos tipográficos de forma interativa, dando a entender em detalhe os aspectos que constituem a tipografia, desde a anatomia aos espaçamentos. Apesar de ser em inglês, vale a pena pelo conteúdo e como forma de se familiarizar com os termos nessa língua.
Projeto de graduação de Thibault de Fournas (autor também do video da Futura), que apresenta os conceitos básicos de tipografia, bem como suas diversas aplicações.
O vídeo abaixo mostra uma entrevista realizada com os designers de tipos Jonathan Hoefler e Tobias Frere-Jones, ilustrando as diferentes aplicações tipográficas para diferentes contextos: seja para jornais ou para a comunicação do presidente dos EUA.
Uma super dica para quem lê inglês é visitar (e salvar nos favoritos) o site Butterick’s Practical Typography pois trata de múltiplos assuntos que envolvem tipografia e diagramação com conceitos e conselhos práticos sobre composição, escolha de fontes, boas práticas etc.
O site não se limita apenas aos produtos gráficos (impressos) como também fala de websites e como melhorar a tipografia para web.
O guia também apresenta um excelente glossário de termos e dá dicas inclusive sobre como melhorar um layout de alguns impresos comuns como:
Segue a dica de um excelente curta (em inglês) sobre a história da tipografia.
O filme “The History of Typography”, de Ben Barrett-Forrest, é um curta animado que utiliza basicamente papel cortado e a técnica de stop-motion.
Além de muito bem produzido, apresenta conceitos consistentes como a diferenciação entre os estilos Old-Style, Transicional e Moderno, além de evidenciar pontos importantes ao longo da história da tipografia como os tipos sem-serifa e as serifas egípcias.
Super recomendado, mesmo para os que não dominam a língua!
Sábado passado tive o prazer de assistir a palestra da designer e educadora Ellen Lupton na Escola Superior de Desenho Industrial. Na palestra, ela falou sobre algumas coisas que lemos em seus livros (tem vários recomendados na seção referências) e apontou várias questões interessantes sobre design gráfico e tipografia.
Todavia venho comentar aqui o poster do evento, de autoria da aluna da Mayara Zavoli (UFRJ), que de uma maneira muito simples conseguiu criar algo muito interessante: a junção de tipografia e fotografia. A partir de letras recortadas em volume (em MDF), o cartaz a partir da foto dos tipos (Gotham Extra Bold) montados de maneira a formar o nome da palestrante. O cartaz foi selecionado a partir de um concurso dentro de uma disciplina da universidade para o evento interinstitucional (ESDI/UERJ, EBA/UFRJ e ECCD/Instituto Infnet).
Mesmo com uma forma tipográfica simples, sem serifa, o cartaz cria ritmo e interesse por conta da perspectiva, foco, e combinação de cores. Muito bacana e inspirador.
Quando lemos um texto, um dos quesitos importantes à respeito da tipografia é a capacidade de identificarmos com facilidade cada letra. Essa capacidade é chamada de legibilidade.
Parte das maneiras de se garantir a legibilidade é observar a relação entre forma e contra-forma, ou seja, entre figura e fundo numa fonte. Se a relação figura e fundo for equilibrada, a tendência é que o reconhecimento dos caracteres seja mais rápido. Já se a relação estiver em desequilíbrio, pode ocorrer o comprometimento da legibilidade.
Pensando nesses e outros aspectos, a designer Natascha Frensch estudou e experimentou com leitores disléxicos para testar a efetividade de sua fonte: Read Regular.
Uma das dificuldades dos leitores disléxicos está em identificar caracteres que são parecidos entre si. Caracteres como d e b são, muitas vezes, espelhados. Frensch verificou que a diferenciação entre o desenho destes caracteres facilitavam o reconhecimento das letras diferentes, evitando a confusão.
O resultado foi uma fonte com contra-formas diferenciadas, ascendentes (bdfhkl) e descendentes (gjpqy) generosas e ocos e ganchos abertos que facilitam o reconhecimento e evitam diferentes obstáculos para leitores disléxicos.
Alo galera. O designer e professor Fabio Lopez (Flickr) mandou uma excelente dica no Twitter dele (@flopezdesign – altamente recomendado para interessados em tipografia).
É um material desenvolvido na UNIRIO pela professora Laura Klemz Guerrero sobre a história da tipografia, dentro da disciplina de História dos Livros e das Bibliotecas I (link para o blog).
O material é bem rico e fartamente ilustrado, além de trazer referências importantes na área e discutir os aspectos técnicos, históricos e sociais da tipografia. CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O PDF.
Confesso que não li o material na íntegra, mas num passar de olhos já deu pra perceber a abrangência do material (um pdf com 142 páginas). A professora fala dos tipos móveis, de Gutenberg e a primeira bíblia impressa, passa pelo processo de produção de tipos fundidos e muito mais. Vale a pena para quem quiser ir mais a fundo.
Abaixo algumas amostras dos slides, clique nelas para baixar o pdf:
O designer Johnson Banks, de Londres, criou um alfabeto tridimensional como forma de testar uma ferramenta de prototipagem de seus clientes. O alfabeto usa como referências tipos consagrados como Bodoni, Courier, Helvetica, Gill Sans entre outros, arranjados de uma forma inusitada explorando a tridimensionalidade.
No projeto, batizado de Arkitypo, cada letra é dedicada a uma família tipográfica e emprega uma técnica diferente: sobreposição, rotação, escalonamento etc. O resultado é bastante interessante.
Abaixo algumas imagens:
O projeto vale a pena ser conferido. Além das imagens fantásticas, há uma breve descrição de cada letra e sobre a família tipográfica. Portanto, uma forma diferente de se informar sobre a história da tipografia.
Quem quiser saber mais, visite o site do designer clicando aqui.
Vi esses dias no blog da FastCompany Design essa postagem sobre um impresso tipográfico (impresso com tipos móveis) que apresenta a anatomia das letras.
Apesar de ser em inglês (é preciso cuidado pois alguns diferem do português) , é uma obra inspiradora!
O trabalho foi feito pelo escritório canadense Ligature, Loop & Stem (que em livre traduzindo seria algo como: Ligadura, Curva e Haste – ou seja, elementos da anatomia tipográfica!)
O designer recém-formado Pedro Palmier apresentou semana passada seu projeto final de curso na PUC-Rio.
Como proposta, desenvolveu uma família tipográfica para texto (que tem como requisito funcionar em tamanhos pequenos em corpo de texto, diferente das fontes “display”), explorando as caracaterísticas do desenho manual e da influência humanista na tipografia. O nome da fonte? Cicero!
O projeto (nota 10) rendeu-lhe elogios dos professores tanto por seu empenho, como pelo detalhamento e especificações que permitiram a criação de uma fonte com um desenho singular que funciona tanto em corpos grandes como em pequenos.
Um breve resumo do projeto:
Baseada em humanistas como Scala, Seria e Bembo, Cicero foi projetada para ser utilizada em textos de literatura e poesia. A fonte apresenta formas irregulares e curvas não-convencionais e seu batismo significa “aquele que planta sementes”, uma metáfora ao significado deste projeto. Coloquei neste trabalho a vontade de que ele seja um fechamento feliz da minha graduação e um bom início para minha vida profissional, que as sementes plantadas aqui possam germinar, crescer e oferecer bons frutos no futuro.
O projeto está apresentado no tumblr http://pedropalmier.tumblr.com/ onde também é possível baixar o catálogo de amostra da fonte em pdf (o que permite observar os detalhes da tipografia). Pedro também prometeu disponibilizar a fonte para uso em breve, fiquem de olho.
Pessoalmente, gostaria de ver o relatório do processo, pois ilustra bem a complexidade de um projeto de fontes.
Encontrei um post da FastCompany (site que recomendo frequentar) com o infográfico abaixo, mostrando um resumo sucinto das propriedades da tipografia. O designer se identificou apenas como Noodlor e não pude encontrar mais referências de trabalhos dele (quem achar, pode compartilhar nos comentários).
O “guia de tipografia” está em inglês e resume uma série de conceitos que ajudam na escolha de tipos. Para quem gostou, vale também conferir o outro infográfico postado aqui.
O designer e artista plástico israelense, Oded Ezer, apresenta suas experimentações tipográficas pela primeira vez no Brasil. Suas obras dão vida à tipografia, tridimensionalizando-as e hibridizando-as, mostrando tanto o caráter plástico quanto experimental de seu trabalho.
A exposição acontecerá em São Paulo e Brasília (infelizmente não virá para o Rio de Janeiro) na Caixa Cultural e é gratuita.