O exercício do desenho com referência (letras A) necessita a observação e o cuidado com os detalhes e acabamento. Ele deve, obrigatoriamente, ser desenvolvido em 20 minutos. Ao fim do tempo, deixar incompleto caso não tenha conseguido terminar. Isso é importante.
O exercício de dedução (completar as letras que faltam) necessita a observação dos alfabetos na íntegra para tentar deduzir, o mais acertadamente possível, como são as letras que faltam. Ele deve, obrigatoriamente, ser desenvolvido em 30 minutos. Caso não seja possível completar no tempo, deixar o que restou. Além disso, não vale procurar estas fontes na internet para completar, o importante nesse exercício não é acertar, mas ser capaz de observar e deduzir.
Aldo Manúcio (conhecido também como Aldus Manutius) foi um impressor da renascença, considerado por muitos um dos pioneiros e principais mestres da arte da composição tipográfica.
As técnicas e os recursos de impressão empregados por Manutius é uma forte referência para diversos designers e, para alguns, insuperáveis.
Texto de Sófocles impresso em grego pela gráfica Aldina (de Aldus Manutius) em 1502
Para conhecer mais o trabalho do impressor, o site da biblioteca Harold B. Lee, da Bringham Young University, disponibilizou um acervo com o legado de Aldus Manutius, contendo amostras de diferentes impressos da época.
Desenhar com tipos é um exercício muito praticado por designers gráficos como meio de explorar a criatividade, a expressividade do desenho dos tipos, assim como também se familiarizar com a família tipográfica empregada.
O site Robotype.net é um exemplo de uma ferramenta online que permite se exercitar com quatro famílias clássicas: Univers, Bodoni, Futura e Helvetica. A ferramenta permite alterar o tamanho, rotacionar, achatar e alongar os caracteres.
Abaixo um exemplo colhido no site.
Vale a brincadeira. Quem gostar do resultado, pode compartilhar aqui nos comentários.
Pessoal, o designer Fabio Lopez (fez a caligrafia da marca das olimpíadas 2016), professor da colaboração de conteúdo semelhante em DSG1003 preparou um material sensacional sobre esses assuntos.
O material traz uma boa síntese das principais ideias de identidade visual (marcas, aplicações), tipografia, diagramação e naming (nome da marca). Eu li o material e quis aproveitar para dividir com vocês, afinal está sendo muito bem comentado na web.
É bem provável que vocês sejam aluno dele quando chegarem no DSG1003, mas também é provável que se interessem pelo assunto antes, portanto estou dividindo o link com vocês. Sei que vão gostar!
Um estudante de design gráfico, o dinamarquês Julian Hansen (portifolio), movido pelo constante desafio da escolha da família certa para cada trabalho, brindou-nos com um interessante infográfico para auxiliar nas escolhas das fontes.
Para fazer esse trabalho, ele se baseou nas 50 primeiras fontes da lista das Top100 Best Schrieften do site Font Shop.
Embora a escolha de uma fonte não seja tão limitada, pois devemos considerar uma série de fatores, ainda assim é interessante olhar o infográfico a fim de conhecer alguma fonte, suas aplicações e, principalmente, se insipirar.
Cliquem na imagem para ampliar. Atenção, o infográfico está em inglês, qualquer dúvida sobre os termos, basta perguntar.
Olá pessoal, estou escrevendo para compartilhar um site que oferece uma série de fontes grátis com licensa para fins comerciais.
É o Font Squirrel (http://www.fontsquirrel.com/)
Além de uma diversidade de fontes para impressos, também há fontes para a Web com pacotes que podem ser instalados nos servidores para habilitar em HTML5 e CSS3 (já disponível para a maioria dos browsers).
Só tomem muito cuidado na hora da seleção. Agora que todos conhecem mais sobre tipografia, atentem para as qualidades e defeitos das fontes. Especialmente no que diz respeito ao ajuste do kerning, há várias fontes problemáticas.
[Clique nas imagens para ver e testar as respectivas fontes]
Fonte sem kerning ajustado entre W e a
a palavra “Watson” e “Typography” são ótimas para avaliar o ajuste de kerning
Fonte com kerning um pouco mais ajustado entre W e a
Aliás, avaliem também o propósito para que vão utilizar, pois muitas vezes elas aparecem boas em tamanhos grandes, mas quando testamos em tamanhos pequenos a leitura não fica tão boa.
Para quem teve dúvidas sobre a nomenclatura, mais uma tabela para complementar as partes do tipo.
Esse gráfico foi extraído do livro Projeto Tipográfico: análise e produção de fontes digitais, de Claudio Rocha (2ed. Rosari, 2003).
Para quem vai trabalhar com textos, é preciso saber e avaliar as diferentes qualidades tipográficas e verificar se possuem tanto legibilidade quanto leiturabilidade. Mas qual a diferença?
“Legibility” is based on the ease with which one letter can be told from the other. “Readability” is the ease with which the eye can absorb the message and move along the line.”
—Types of Typefaces (1967) p. 84-5.
Legibilidade [legibility]: diz respeito à facilidade com que uma letra pode ser distinguida de outra. Leiturabilidade [readability]: diz respeito à facilidade com que o olho absorve a mensagem e se move ao longo da linha.
Ou ainda:
[Readability] describes the quality of visual comfort—an important requirement in the comprehension of long stretches of text, but, paradoxically, not so important in such things as telephone directories or air-line timetables, where the reader … is searching for a single item of information [and where legibility is most important].
—Letters of Credit (1986), p. 31.
Leiturabilidade: descreve a qualidade de conforto visual – um requisito importante para a compreensão de longas porções de texto, mas paradoxalmente, não tão importante em coisas tais como listas telefônicas ou tabelas de vôo, em que o leitor… procura por um único item de informação [onde a legibilidade é mais importante].
Resumindo, legibilidade diz respeito à capacidade de reconhecer as letras, enquanto a leiturabilidade diz respeito à capacidade de se ler as palavras e diversas linhas do texto.
O exemplo abaixo apresenta um caso de letras legíveis (reconhecemos facilmente os caracteres) mas eles não combinam muito bem, o que dificulta a leitura (pouca leiturabilidade).
Exemplo de legibilidade com má leiturabilidade
Isso significa que uma letra pode ser individualmente legível, mas devemos também nos preocupar com a combinação e o efeito do conjunto. Mal espaçamento, variação de larguras dos tipos e a ausência de kerning também dificultam bastante a facilidade leitura, pois causam problemas de ritmo.
Exemplos de mal e bom ritmo
Acima vemos como o espaçamento variado dificulta a leitura da frase, comparada à linha de baixo onde o espaçamento está melhor distribuído.
Espero que tenham compreendido. Alguma dúvida? Comente abaixo!
Muita gente ainda vai passar por essa dúvida na hora que se deparar com alguma dessas famílias. Vi no blog Sobredesign a postagem de um gráfico que ajuda a diferenciar.
Então você está fazendo um trabalho e achou uma família tipográfica superbacana em uma revista, mas não sabe o nome! O que fazer para identificar uma fonte?
Hoje a internet te ajuda, sem precisar procurar manualmente em catálogos impressos ou nas fontes de seu computador.
Aqui abaixo, dois sites que auxiliam a identificar visualmente a fonte você procura.
Caros alunos, venho neste post esclarecer a dúvida que surgiu durante a aula de tipografia, quando falamos de anatomia da fonte.
Durante a discussão sobre a nomenclatura das partes dos tipos, fiquei em dúvida se, no caso da letra “y” minúscula se tratava de uma cauda, uma descendente ou um gancho.
Para tirar a dúvida, consultei o glossário do site de fontes www.fontshop.com.
Lá encontramos a explicação do que é uma cauda é normalmente uma descendente, normalmente o traçado decorativo do “Q”, normalmente o traçado diagonal curvado do “K” ou “R”.
Tail
In typography, the descending, often decorative stroke on the letter ‘Q’ or the descending, often curved diagonal stroke on ‘K’ or ‘R’ is the tail.
Portanto, segundo esses princípios e segundo o próprio site, a letra “y” minúscula pode possuir sim uma cauda!
Como são feitos os livros foi o tema do programa “Entrelinhas” da TV Cultura.
Além do processo tipográfico de composição mecânica que vimos no post anterior, também veremos aqui a composição manual, o offset e a impressão digital.
Vale prestar atenção na explicação sobre o processo de refile (corte) dos cadernos do livro. Quando sai da impressão, o livro está impresso em uma grande folha que é dobrada várias vezes formando um caderno. Depois, os diferentes cadernos são organizados num processo chamado alceamento. Em seguida são costurados ou colados para depois serem cortados, permitindo que as páginas se soltem.
Coloco aqui um vídeo para relembrar um assunto que foi comentado na aula.
As tipografias góticas (também conhecidas por blackletter), antes de serem transpostas para a tecnologia tipográfica, eram feitas à mão. Seu desenho era fruto do tipo de instrumento que utilizavam: a pena.
No vídeo abaixo vemos canetas chanfradas (e não penas), mas que servem para termos uma noção de como eram desenhadas essas letras.
Alo pessoal, conforme o prometido posto aqui o link para documentário que comentei chamado Helvetica. Quem está em dúvida sobre descrição formal de uma família pode ver o que as pessoas falam sobre o desenho da Helvetica.
O documentário está em inglês com legendas em espanhol. Quem garimpar na web consegue achar legendas em português. Se alguém achar, avise e compartilhe o link.
Olá navegantes, este é o blog da colaboração de Linguagem Gráfica da disciplina de projeto 1001.
Este blog deverá atender tanto as turmas da Luiza & André quanto da Luciana & Vicente.
Vamos trabalhar uma série de conceitos básicos sobre Design Gráfico e tentar desenvolvê-los ao longo do semestre visando às apresentações e a formatação do relatório, além de dúvidas em relação aos projetos que necessitem deste tipo de orientação.
O material da aula será postado aqui, assim como avisos e esclarecimentos sobre exercícios.