O futurismo foi um movimento que se posicionava contra a tradição nas artes. Nasceu a partir do Manifesto Futurista do escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti em 1909. Começou pela literatura, celebrando a modernidade, a beleza das máquinas, a velocidade e a violência, propondo o abandono do passado e das tradições. Rapidamente passou a se desdobrar em outros campos como a pintura, escultura, música, arquitetura, teatro e cinema mediante manifestos próprios.
Apesar de ser um movimento nascido na Itália, a publicação do Manifesto Futurista no jornal Le Figaro na França garantiu ao movimento destaque internacional. Na pintura, alguns pintores vão à Paris e entram em contato com as obras cubistas, que influenciam formalmente a pintura futurista, mas que se apropria e modifica de maneira a expressar o dinamismo e movimento, ausente nas composições cubistas até então.
O próprio Marinetti visita diferentes países europeus e, mediante exposições e palestras, influencia artistas que participam de movimentos como o Expressionismo na Alemanha e o Raionismo e Construtivismo na Rússia.
As características das obras futuristas envolvem o rompimento com as tradições e o passado, seja o rompimento em relação à gramática e com as palavras na poesia, seja com a figura na pintura. O movimento é um dos aspectos da representação, seja pela repetição de elementos ou pela assimetria na composição. Os temas são majoritariamente urbanos, tratando das cidades e máquinas que servirão de inspiração para a pintura, escultura, poesia e música.
Alguns artistas envolvidos no movimento foram:
- Filippo Tommaso Marinetti (literatura)
- Umberto Boccioni (pintura/escultura)
- Carlo Carrà (pintura)
- Giacomo Balla (pintura)
- Luigi Russolo (pintura/música)
- Antonio Sant’Elia (arquitetura)